A LEI E A PALMADA
Penso que há um equívoco nesta lei, em primeiro lugar porque
revela a ingerência do Estado na educação dos filhos, responsabilidade essa que
é exclusiva dos Pais. A disciplina é uma questão em que cada família deve refletir,
ou melhor, os pais devem definir seus padrões, a própria Bíblia nos alerta para
a necessidade do uso da disciplina, em Provérbios 29:17 e o próprio uso da vara
“A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha
a sua mãe”Prov. 29:15. Na minha visão, entendo que a utilização da vara, ou
disciplina física somente deva ser utilizada no terceiro estágio. O primeiro é
o do diálogo e alerta, o segundo o chamado “castigo” que envolve a punição
através de proibição de fazer algo que gosta por um determinado tempo e em
último caso a disciplina física.
Entendo que existem abusos em alguns casos, geralmente
quando os dois primeiros estágios são pulados e a repreensão, acaba sendo
abusiva em virtude da raiva e o próprio descontrole dos pais diante dos fatos, isso e perigoso.
Mas faço outro alerta, e ai está o segundo motivo porque não concordo com a
lei, existe também a violência psicológica, geralmente dói mais que a física, quando
os pais humilham os filhos diante de outras pessoas para mostrar sua “autoridade”,
ou dizem palavras que podem machucar os filhos, inclusive causando marcas
profundas na alma dos filhos.
Portanto acho que a lei é demagógica e invasiva, creio que o
Estado deveria sim investir recursos para cursos de auxílio aos pais na educação
de filhos, pois assim trabalhariam com a prevenção, em vez da punição direta, proporcionando assim uma possibilidade de
auxílio teórico aos pais na educação dos filhos, neste sentido a OIKOS SP dá assessoria
a Igrejas proporcionando ferramentas aos pais na educação dos filhos, com isso se coibiria os abusos, tanto físicos como emocionais, aliás, segundo a psicóloga
Maria Teresa Maldonado, nos preparamos para tudo na vida, menos para aquilo que
é o mais importante, a educação dos nossos filhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário