12/27/2011

MATÉRIA FOLHA DE SÃO PAULO- A DOR DOS OUTROS

Aqui vai matéria da Folha de São Paulo publicada hoje sobre quando um diagnóstico difícil  chega a família e como lidar com a situação.

  Nelson Domingues

O texto da Folha " A DOR DOS OUTROS " foi indicado a você porNelson Domingues.
Publicado na Folha de S.Paulo do dia 27 de Dezembro de 2011

12/21/2011

A LEI E A PALMADA


A LEI E A PALMADA

Penso que há um equívoco nesta lei, em primeiro lugar porque revela a ingerência do Estado na educação dos filhos, responsabilidade essa que é exclusiva dos Pais. A disciplina é uma questão em que cada família deve refletir, ou melhor, os pais devem definir seus padrões, a própria Bíblia nos alerta para a necessidade do uso da disciplina, em Provérbios 29:17 e o próprio uso da vara “A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe”Prov. 29:15. Na minha visão,  entendo que a utilização da vara, ou disciplina física somente deva ser utilizada no terceiro estágio. O primeiro é o do diálogo e alerta, o segundo o chamado “castigo” que envolve a punição através de proibição de fazer algo que gosta por um determinado tempo e em último caso a disciplina física.
Entendo que existem abusos em alguns casos, geralmente quando os dois primeiros estágios são pulados e a repreensão, acaba sendo abusiva em virtude da raiva e o próprio descontrole  dos pais diante dos fatos, isso e perigoso. Mas faço outro alerta, e ai está o segundo motivo porque não concordo com a lei, existe também a violência psicológica, geralmente dói mais que a física, quando os pais humilham os filhos diante de outras pessoas para mostrar sua “autoridade”, ou dizem palavras que podem machucar os filhos, inclusive causando marcas profundas na alma dos filhos.
Portanto acho que a lei é demagógica e invasiva, creio que o Estado deveria sim investir recursos para cursos de auxílio aos pais na educação de filhos, pois assim trabalhariam  com a prevenção,  em vez da punição direta, proporcionando assim  uma  possibilidade de auxílio teórico  aos pais na educação dos filhos, neste sentido a OIKOS SP dá assessoria a Igrejas  proporcionando   ferramentas aos pais na educação dos filhos, com isso se  coibiria os abusos, tanto físicos como emocionais, aliás, segundo a psicóloga Maria Teresa Maldonado, nos preparamos para tudo na vida, menos para aquilo que é o mais importante, a educação dos nossos filhos.

12/17/2011

NATAL, CELEBRAÇÃO E SOLIDARIEDADE


NATAL, CELEBRAÇÃO E SOLIDARIEDADE
                Creio que todos nós estamos experimentando o clima da chegada do Natal, é impossível não vivenciar esta época do ano, é só olharmos para a decoração da cidade, as luzes, os enfeites nas lojas, festas de confraternização nas empresas e casas enfeitadas anunciando a chegada do Natal. Penso que no Natal temos dois aspectos a serem considerados, um social e outro religioso, chamaria de social, o evento, e o que a meu modo de ver tem seu valor, que é a ceia e a família reunida em torno da mesa, acredito que para a sociedade como um todo o Natal tem este aspecto e esse papel, de reunir a família.  E isso até certo ponto faz sentido, afinal Natal é celebração, e não existe lugar melhor para celebra vida do que em família, afinal a vida é cheia de dualidades, vitórias e derrotas nos acompanham e é na família que isso se torna mais real, pois é lá que somos o que somos realmente. A celebração do Natal muitas revela essa dualidade da vida(ganhos e perdas),quem de nós  em nossas ceias de Natal já não sentiu a falta de alguém que partiu,  mas por outro lado e talvez na mesma ceia celebramos a chegada de alguém na família. Isso revela que é na família que vivenciamos as maiores alegrias e tristeza, é neste ambiente que devemos celebrar a vida, pois mesmo em meio às lutas e alegrias, estamos juntos.
            O segundo aspecto é o aspecto religioso, na verdade essa divisão é didática, pois para mim elas se entrelaçam evidentemente para nós, cristãos ele é claro, o sentido real do Natal é o nascimento do nosso Salvador, e diante disso creio que Natal nada mais é do que solidariedade afinal no Natal celebrou o repartir, é Deus repartindo vida. Por isso penso que o Natal em família pode e deve acontecer como um evento festivo ao redor da mesa, mas acho que podemos ir além, devemos vivenciar a solidariedade em família. Natal é uma oportunidade de repartir, pode ser algo material, e se puder o faça, mas também podemos programar uma visita a uma família carente, a um asilo, a uma creche, a um hospital, convidar uma viúva para cear conosco, enfim quando fazem isso repartimos vida, Jesus mesmo nos ensinou que mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. Minha sugestão , é que se faça isso como família, não em ações isoladas, mas sim juntos,  que seja doando algo, ou visitando alguém, tenhamos a consciência que é Natal, e que o mais importante é viver o que Jesus ensinou, reparta, pois ele repartiu a vida dele com todos nós. Viva um Feliz e Solidário Natal em Família.
           
            

10/28/2011

Até que o computador nos separe

Quem poderia imaginar que um dia  estaríamos pensando sobre o computador como  fonte de crise  e discórdia dentro do casamento? Parece estranho, mas é verdade! Você sabia que no ano de 2009 nós,   internautas brasileiros,  passamos cerca de 23 horas e 47 minutos por mês, utilizando a internet? Para entendermos este fenômeno que tem afetado nossas relações  familiares,  precisamos considerar  contextos históricos importantes.
Observando a cultura judaico-cristã, detectamos que o  o núcleo familiar foi preservado ao longo do tempo como fonte de entretenimento, e  algumas questões implícitas neste modelo são pertinentes.  Reunir a família como forma de perpetuação da tradição oral,   ou contar as histórias do povo hebreu, por exemplo, permitiu um comprometimento relevante com o núcleo familiar, percebido até os dias de hoje   . É difícil   conceber em nosso pós-moderno modo de enxergar a vida que, não existia televisão, rádio, internet e muito menos enegia elétrica,  ao contrário disso,  eram utilizadas  candeias, e ao redor desta "precária" iluminação é que tudo acontecia, impossibilitando que os membros da família ficassem longe uns dos outros.
Entretando, mesmo muito bem servidos  de todo aporte tecnológico, e até mesmo autores de grande parte de modernas tecnologias digitais. Israel hoje é um dos maiores exportadores de tecnologia em jogos de raciocínio, por ter preservado ao longo da história jogos em família.
Hoje Israel exporta, inclusive para  o cenário educacional  brasileiro,  este tipo de tecnologia,  metodologias que utilizam-se de jogos de tabuleiro e desafios,  entre outros, que estimulam e  estruturam  o pensamento lógico de seus alunos.
Feuerstein, teórico judeu que ampara estas metodologias como fonte estruturadora do raciocínio e Vygostsky, filósofo de relevância na área educacional,   concordam que o ato de brincar  é fundamental para a formação do indivíduo. Estes eventos, quando vistos sob uma perspectiva Cristã, ganham intensidade por terem sido grande fonte agregadora do núcleo familiar.
Mas as relações mudam, e com a Revolução Industrial  no século XXIII, o surgimento da energia elétrica e a sua utilização para a  economia, contribuiu para mudanças significativas nos relacionamentos, pois a partir de então há o  aumento da jornada de trabalho,   surgindo também novas perspectivas de  consumo,  e tempo.
Podemos então entender que depois do advento da energia elétrica,  as relações humanas, e e principalmente as familiares  mudam muito; o tempo e as oportunidades regem as relações familiares. Estavamos prestes a uma grande mudança; surge na década de 30 o aparelho televisor, a TV nossa de cada dia, consolidando-se massivamente  por volta dos anos 50

Quanto a TV ganha massificação, as relações familiares novamente passam por uma transformação. É ao redor da TV, e não mais da candeia,  que as pessoas diariamente se sentam,  e juntas passam a assistir programas;  estão próximos,  mas  a interação começa a desaparecer.
As próprias crianças com o tempo passam a mudar sua maneira de agir, já que começam a assistir programas infantis, e passam a deixar de brincar,  sozinhas ou  coletivamente, para assistir TV. A televisão passa a ser  a maior fonte de entretenimento das pessoas. Historicamente,  passamos de 7 ou 8 canais de TV para ter acesso a, no mínimo, mais  de 50 canais através de planos básicos de TV a cabo.
Porém o mundo continua mudando e sua relações também. Marshall  McLuhan  filósofo dos anos 60,  dizia  que o mundo seria reduzido a uma aldeia global,  e que as pessoas passariam a relacionar-se de maneira diferente. Em uma de suas publicações "Os meios de comunicação de massa como extensões do homem" (1964),  Lunhan enfatiza que o meio é a mensagem, ou seja,  o papel do canal e do código em termos do impacto da comunicação no mundo, consolidando assim o conceito da  aldeia global como novo ambiente de uma nova esfera de relações.
Os cidadãos desta aldeia global seriam dotados de um aporte tecnológico significativo, bem como  uma visão pluriculturalista; deveriam ser estes indivíduos versáteis linguisticamente,  entre outras características - este foi o prenúncio da globalização.
Hoje, desfrutando de uma sociedade globalizada imersos na aldeia global de McLuhan,  discernimos dois perfis de indivíduos quanto a  capacidade de interação tecnológica; são eles, os nativos digitais, ou seja, indivíduo com menos de 20 anos que cresceram imersos em meio a uma cultura tecnológica enfevescente, e nós outros,   cidadãos que estão no estágio imigratório à todo este universo digital.

Os benefícios da rede são notórios - Richard E. Mayer, ícone dos estudos  de aprendizado multimídia, descreve em  seus trabalhos a relevante economia constatada pelas empresas com o adventos das salas virtuais e o ganho instrucional causado pelo meio digital. Com isto, o ambiente corporativo não mais necessariamente é o local para instruções profissionais, e sim é   sutilmente convidado a invadir os lares, o tempo de lazer e o tempo em família. Que fique claro - não  sou contra a tecnologia, e desfruto de suas benéfices,  mas tenho estudado e observado a falta de maturidade  com que  lidamos com essa ferramenta.
Há ainda o perigo da pornografia que está ali no seu próprio quarto,  ou através da amizades que muitas vezes iniciam-se despretenciosamente, mas acabam por revelar a  intenção da perversidade sexual embutida,  e com isso as famílias passam por correr riscos Isso pode começar por uma "simples amizade" num site de relacionamento.  A pergunta que faça neste momento é -O que leva uma pessoa a buscar amizades na rede?  Pasmem, mas a pornografia  tem viciado mais do que o crack! Um estudo do Senado Americano  do  Comite de Ciência e Tecnologia, segundo  Mary Anne Layden, co-diretora do programa de  Psicopatologia e Traumas Sexuais da Universidade  da Pensilvânia,  diz que a pornografia é o maior perigo para a saúde psicológica das pessoas.
Segundo estudos feitos em  de 2002, nesta época existiam cerca de 400.000 sites pornográficos e cerca de 70 milhões de pessoas acessavam  pelo menos um site pornográfico por semana.  Estudos realizados pelo Professor Richard Drake da Universidade Brigham Young nos EUA, nos relatam que a pornografia pode causar danos com efeitos similares ao da cocaína, produzido dependência e disturbios mentais.
Estudos realizados nos EUA nos alertam que cerca de 40% dos cristãos são afetados pela pornografia, ou tem acesso a ela. A  revista americana Leadership fez uma pesquisa com pastores americanos,  e constatou que aqueles que gastavam mais tempo na internet eram provavelmente  os que acessariam  sites pornografico.