Era manhã do dia 27 de janeiro de 2013, ao acordar,
liguei a televisão e pude constar que uma tragédia havia
acontecido, até o dia que escrevo este artigo, 239 pessoas
morreram, a maioria jovens universitários. Santa Maria é uma
cidade de 300 mil habitantes, é o quarto município mais importante do Rio
Grande dos Sul, abriga uma das maiores Universidades Federais do Brasil, por
isso o grande número de jovens na cidade.Naquele momento me veio o
sentimento de solidariedade para com aqueles pais, afinal, 239 camas
ficariam vazias, 239 carteiras universitárias ficariam vazias,
239 sonhos acabaram ali, o que dizer diante da quinta maior tragédia
brasileira. Penso que a dor de perder um filho é a maior de todas, as
outras são dolorosas, mas creio que está é a maior pois dribra o
sentido natural das coisas, que é a dos filhos enterrarem seus pais.
Diferentemente de catástrofes naturais, onde se perdem as coisas além das
pessoas, a solidariedade precisa de algo mais caro, como expressou o Pr.
Fabrício Cunha, “Mas o que a cidade precisa é ainda mais caro, sagrado e
difícil, dado ao momento que vivem. Santa Maria precisa de ESPERANÇA.”
Penso sempre no binômio do consolo e esperança, e creio que se complementam, em Romanos 12 :12, Paulo, Apóstolo nos
ensina a respeito da ESPERANÇA. .Alias quero deixar claro que o que aconteceu
lá foi um acidente, poderia ter acontecido em qualquer outro lugar, inclusive em
Igrejas que muitas vezes não cumprem as
normas de segurança. Naquele final de semana, minha filha mais velha de 12
anos estava no Retiro de Adolescentes de nossa Igreja, cerca de 90 deles
estavam em Nazaré Paulista, quando naquele mesmo dia fui busca-la na Igreja, em meio aquele tumulto
peculiar de chegada de retiro de adolescentes, envolvendo malas, um monte de pais e filhos se abraçando e eles na dúvida se contam tudo o
que aconteceu ou se utilizam aqueles
últimos minutos para ainda(e quanto assunto)falar com os colegas, em meio a tudo isso, naquele dia agradeci a Deus por ela e pela
alegria e vida que transmitia, mas
também de orar por aqueles que naquele domingo não puderam mais abracar
seus filhos.Escrevi esta artigo para me solidarizar aos pais e mães que
perderam seus filhos, não só em Santa Maria, mas a todos que
já perderam algum de seus filhos, pelo fato desta ser esta
coluna de Pais e Filhos, e bimestralemente discorrer sobre essa relação não
poderia deixar de dizer algo sobre
quando se perde um filho, na verdade não tenho muito o
que de dizer,
somente orar para que a Paz que
excede todo entendimento, console vocês e que essa paz, que só Deus pode dar,
traga a cada um de vocês o consolo e a ESPERANÇA. Abraço e contem com
minha oração.
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